Quando alguém fica mal perto de você, imediatamente já tem uma lista de opções de remédios na sua cabeça e sem demora, tal qual um médico, já sai indicando o medicamento que você acha que é bom para o caso? Se a sua resposta foi sim, este artigo é para você! Vamos mostrar a verdade sobre a indústria de remédios.
A linha tênue entre remédios e venenos
Segundo a última pesquisa divulgada pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o mercado farmacêutico brasileiro, que engloba as vendas de todos os laboratórios instalados no Brasil, chegou a R$102,8 bilhões em 2019, um crescimento de 11,4% em comparação ao ano anterior. O mercado institucional, formado por governos, clínicas e hospitais, cresceu 57,5% desde 2015. Já no varejo farmacêutico, em que 75% das compras são realizadas pelo público final, o aumento foi de 53% de 2016 a 2019.
O uso indiscriminado de medicamentos em nosso país traz consequências preocupantes. Pesquisas sobre os principais agentes causadores de intoxicações humanas, feitas pela Fundação Oswaldo Cruz, constatam que as intoxicações por medicamentos lideram o ranking das substâncias causadoras de intoxicações humanas, superando inclusive, produtos químicos e os pesticidas usados na agricultura.
Além disso, uma corrente cada vez maior de médicos e psicanalistas tem trabalhado contra a ideia de que angústias e momentos de tristeza sejam automaticamente ligados a transtornos psicológicos que necessitam de medicamentos.
Consequentemente, aparece também um crescente número de casos, em grande parte apontados erroneamente como depressão, bipolaridade e TDHA (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), que no fundo, deveriam ser considerados normais do dia a dia. A medicalização dos problemas da vida cotidiana encolheu o reino da “normalidade” e nos fez sentir clinicamente ou psiquiatricamente doentes. O excesso de diagnósticos de doenças ocorre igualmente nas práticas médicas, cirúrgicas e psiquiátricas e resulta em uma enorme quantidade de tratamentos exagerados e erros médicos frequentes.
Vítimas famosas de uso excessivo dos remédios
Estudo publicado no “American Journal of Public Health” identificou uma explosão no número de vítimas de overdose associada ao uso de medicamentos benzodiazepínicos, popularmente conhecidos como calmantes. Nos EUA, entre 1996 e 2013, o número de mortes ultrapassou em muito o crescimento, também significativo, no consumo dessas substâncias no mesmo período. Algumas celebridades morreram e tiveram no laudo médico a causa provocada por analgésicos e outras drogas lícitas:
Prince (2016): Citrato de Fentanila, o analgésico mais potente que existe. O laudo toxicológico não dá detalhes sobre a dose e a forma de ingestão. Mas tudo indica que o músico consumia o analgésico desde 2000, quando precisou fazer uma cirurgia de quadril que o deixou com dores crônicas.
Michael Jackson (2009): O uso do Propofol causou uma parada cardíaca no ícone Pop. A parada cardíaca se deu pela intoxicação aguda do princípio ativo.
Heath Ledger (2008): Oxicodona e Hidrocodona (analgésicos) combinados com os ansiolíticos Alprazolan (Frontal), Diazepam, Temazepam e o antialérgico Doxilamina. O ator que interpretou Joker estava com uma infecção respiratória e passando por um período de forte estresse. Seu pai conta que ele se medicou, disse que tudo ia ficar bem, que só precisava de descanso, se deitou e jamais acordou. A causa foi intoxicação indesejada por remédios prescritos.
Sintetizados pela primeira vez no início da década de 1960, os compostos Benzodiazepínicos, chamados ansiolíticos e também apelidados de “drogas da paz”, são receitados para tratar ansiedade, insônia, estresse, tristeza, fobias e outros transtornos de humor muito comuns na sociedade moderna.
Com isso, eles logo se tornaram os medicamentos psicotrópicos (que agem no sistema nervoso central) mais usados no mundo. O consumo indiscriminado, principalmente quando aliado ao uso de outras drogas lícitas e ilícitas, em especial álcool e analgésicos opióides, pode ser extremamente perigoso.
Segundo os pesquisadores liderados por Marcus Bachhuber, professor da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, esses medicamentos estão por trás de nada menos que 31% das quase 23 mil fatalidades relacionadas a remédios controlados no país em 2013. O que levou a uma taxa de 3,14 mortes a cada 100 mil adultos naquele ano, um aumento de mais de quatro vezes frente a 0,58 morte por 100 mil adultos registrada em 1996. Enquanto isso, nesses mesmos 18 anos, o número de prescrições subiu “apenas” 67%, de 8,1 milhões para 13,5 milhões.
A ilusão do alívio imediato com remédios para ansiedade
Sentir dor, mal-estar ou desconforto é algo que chateia demais. Se você ceder ao desejo natural de aliviar qualquer dor ao marketing poderoso agressivo da indústria farmacêutica, você verá um mundo de graves problemas. E se você ativar essa combinação mortal com a negligência humana, em não pensar sobre sua essência, em não analisar a real causa dos fatos e ao não cuidado das emoções e pensamentos, aí sim você verá uma bomba atômica se armando.
Seria fácil dizer que a culpa é 100% da indústria farmacêutica que nos faz acreditar que só com remédios teremos alívio de nossas dores e que está tudo bem se intoxicar com substâncias que causam centenas, até milhares de contraindicações e ainda custam o olho da cara. Mas o fato é que a maior parte dessa indústria é alimentada pela nossa negligência. Não sabemos quem somos, não nos conhecemos, não somos o que nascemos para ser. Com isso, entramos no atribulado mundo de cobranças e pressões mundanas, que é o portal para todos os males.
No mundo em que vivemos fica mais fácil transferir a responsabilidade de um tratamento para um remédio químico. É a falsa cultura de cobranças, aparências e redes sociais de que as pessoas de sucesso estão “100% incríveis” todos os dias. E a indústria farmacêutica sabe, como ninguém, oferecer o “colo” do consumo, ou a muleta da promessa de alívio imediato para milhões de pessoas atarefadas, angustiadas e estressadas com a já conturbada correria diária. E então, engolem-se de remédios como se fossem saídas reais, corretas e completas.
É preciso entender que há opções naturais para que possamos recuperar a nossa saúde, bem-estar e equilíbrio. Porque o que mais assusta é que grande parte do incentivo ao uso dos remédios vem pelo fato de que as pessoas se consideram incompetentes ou insuficientes para lidar com seus problemas. Esse é o maior problema: as pessoas desconhecem um caminho, um método de autotratamento, elas não sabem que têm capacidades intrínsecas ao ser humano, de se tratar diariamente de forma natural.
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Os efeitos colaterais dos remédios para depressão
Os psicotrópicos surgiram na década de 1950, quando pesquisadores estavam buscando remédios para o tratamento da tuberculose e descobriram também a Iproniazida. Ela causava a melhora de humor, mas ao mesmo tempo destruía a presença de neurotransmissores ligados ao prazer e bem-estar, como Dopamina e Serotonina.
Essa droga causou melhoria no humor dos pacientes tratados, também começou a provocar quadros de psicose, agitação motora e mental, afinal eram muitos tipos de neurotransmissores atuando de uma vez só quando a nova droga agia.
Então, novas drogas também foram surgindo, como por exemplo a classe conhecida como ADT (antidepressivo tricíclicos), que foi aprovada para uso. Daí em diante, os laboratórios continuaram com seu extenso e dedicado trabalho para encontrar a droga mais evoluída. Até que finalmente chegaram a uma das drogas mais vendidas no mundo, um tipo de ícone: o Prozac, também conhecido como Fluoxetina.
A droga fez tanto sucesso e ganhou tanto espaço na mídia que causou um grande dano a nossa sociedade, um verdadeiro mal sem precedentes: a depressão virou sinônimo de qualquer tristeza e passou de doença estigmatizada a mal banalizado. Mas não se engane, a Fluoxetina e seus derivados (Paraxetina e outros) também apresentam intermináveis riscos e efeitos colaterais, como por exemplo a diminuição na libido.
Essa chuva de medicamentos novos que chegam às prateleiras dão esperança que a qualquer momento surgirá uma pílula mágica que resolva tudo, mas sabemos que isso não é verdade. Porque sabemos que medicamentos que tratam o corpo físico não podem ser usados para cuidar da alma, pois a causa está muito além dos neurotransmissores ou da química do cérebro.
Remédios são para situações extremas
A sociedade está distraída. Esse é o motivo pelo qual uma droga nunca chega para tratar o que realmente é necessário. Há milênios já sabemos que as doenças do corpo são consequências de desequilíbrios na alma, nas emoções, nos pensamentos e nos hábitos (exercícios e alimentação principalmente).
Não se iluda achando que se um dia você ficar doente, ou se você já estiver doente, ou se alguém da sua família já estiver doente, você só precisará do remédio e pronto. Você está terrivelmente iludido com um marketing raivoso daqueles que só querem bater suas metas de vendas, sem se importar com o universo de emoções, pensamentos, sentimentos, metas e sonhos que há em você.
Deixe os remédios para as situações mais extremas, aquelas em que você não pode questionar e nem pensar: uma inflamação grave, uma necessidade de cirurgia urgente, uma febre, fratura e outras de extrema urgência. Precisamos permitir que a Medicina Ocidental use todo o potencial e tecnologia. Que continue nos ajudando, nos dando esperança, mas que, acima de tudo, trabalhe onde é certo trabalhar, sem avançar o sinal.
Precisamos aprender mais sobre terapias naturais, que tratam o ser de forma integral; nos conectar mais com uma força maior, rezar, meditar; e focar no despertar da nossa missão de vida, causa ou propósito.
No curso de Fitoenergética da Luz da Serra, motivamos nossos alunos a pensar sobre a doença e o seu sinal, porque todo problema no corpo físico é um recado. No começo, dá trabalho, porque vivemos totalmente acorrentados na cultura “o remédio é a solução”. Mas com o tempo, os estudantes começam a entender as verdadeiras causas de doenças e passam a se ajudar da forma correta. Também começam a ajudar parentes, amigos e consultantes com a técnica milenar que transforma a partir da energia das plantas.