A mediunidade é a sensibilidade ao extrafísico. É a capacidade que a nossa porção de energia (que é a própria alma) tem de captar outras energias de natureza não física. Neste artigo, vamos resumir alguns sinais de despertar, focando apenas nos aspectos positivos do aflorar, como: intuição e sonhos.
Mediunidade de efeitos físicos
Este tipo de mediunidade pode ser dividido em dois grupos, ou seja, os facultativos – que têm consciência dos fenômenos por eles produzidos – e os involuntários ou naturais, que são inconscientes de suas faculdades, mas são usados pelos espíritos para promoverem manifestações fenomênicas sem que o saibam.
Médiuns sensitivos ou impressionáveis
São pessoas suscetíveis de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga impressão. Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do espírito que se aproxima, mas até a sua individualidade.
Médiuns audientes ou clariaudientes
Neste caso, os médiuns ouvem a voz dos espíritos. O fenômeno manifesta-se algumas vezes como uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo. Outras vezes, dá-se como uma voz exterior, clara e distinta, semelhante à de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, estabelecer conversação com os espíritos.
Médiuns videntes ou clarividentes
São dotados da faculdade de ver os espíritos. Cabe salientar que o médium não vê com os olhos, mas com a alma, e por isso é que ele tanto vê com os olhos fechados, como com os olhos abertos.
Médiuns psicofônicos
Neste tipo, o médium serve como um instrumento pelo qual o espírito se comunica pela fala; assim, há a acoplação do perispírito do espírito comunicante no perispírito do médium, permitindo que o espírito utilize o aparelho fonador do médium para fazer uso da fala.
Mediunidade de cura
Este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. A princípio, pode parecer que isso nada mais é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel. Porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno reconhece sem dificuldade que há mais alguma coisa.
Cura por magnetização
A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico. No caso que apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo.
A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se manifesta em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas como médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.
Médiuns mecânicos
Quem examinar certos efeitos que se produzem nos movimentos famosos, como da mesa, da cesta, ou da prancheta onde se escreve não poderá duvidar de uma ação diretamente exercida pelo Espírito sobre esses objetos. A cesta, por exemplo, se agita por vezes com tanta violência, que escapa das mãos do médium e, não raro, se dirige a certas pessoas da assistência para nelas bater. Outras vezes, seus movimentos dão mostra de um sentimento afetuoso.
O mesmo ocorre quando o lápis está colocado na mão do médium; frequentemente é atirado longe com força, ou então a mão, bem como a cesta, se agita convulsivamente e bate na mesa de modo colérico, ainda quando o médium está possuído da maior calma e se admira de não ser senhor de si. Digamos, de passagem, que tais efeitos demonstram sempre a presença de Espíritos imperfeitos; os Espíritos superiores são constantemente calmos, dignos e benévolos; se não são escutados convenientemente, retiram-se e outros lhes tomam o lugar.
Pode, pois, o Espírito exprimir diretamente suas ideias, quer movimentando um objeto a que a mão do médium serve de simples ponto de apoio, quer acionando a própria mão. Quando atua diretamente sobre a mão, o Espírito lhe dá uma impulsão de todo independente da vontade deste último. Ela se move sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer, e para, assim ele acaba. Nesta circunstância, o que caracteriza o fenômeno é que o médium não tem a menor consciência do que escreve. Quando se dá a inconsciência absoluta, têm-se os médiuns chamados passivos ou mecânicos. É preciosa esta faculdade, por não permitir dúvida alguma sobre a independência do pensamento daquele que escreve.
Médiuns intuitivos
A transmissão do pensamento também se dá por meio do Espírito do médium, ou melhor, de sua alma, que é como designamos o Espírito encarnado. O Espírito livre, neste caso, não atua sobre a mão para fazê-la escrever, não a toma, não a guia. Atua sobre a alma com a qual se identifica. A alma sob esse impulso dirige a mão, e esta dirige o lápis. Notemos aqui uma coisa importante: o Espírito livre não substitui a alma, visto que não a pode deslocar. Domina-a, malgrado seu, e lhe imprime a sua vontade. Em tal circunstância, o papel da alma não é o de inteira passividade; ela recebe o pensamento do Espírito livre e o transmite.
Nessa situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento. É o que se chama médium intuitivo. Claro que alguém pode afirmar que não há provas de que seja um Espírito estranho quem escreve e não o médium. Efetivamente, a distinção é às vezes difícil, porém, pode acontecer que isso pouca importância apresente. Todavia, é possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser nunca preconcebido; nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e, amiúde, é contrário à ideia que antecipadamente se formara. Pode mesmo estar fora dos limites dos conhecimentos e capacidades do médium.
O papel do médium mecânico é o de uma máquina; o médium intuitivo age como o faria um intérprete. Este, de fato, para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, apropriar-se dele, de certo modo, para traduzi-lo fielmente; no entanto, esse pensamento não é seu, apenas lhe atravessa o cérebro. Este é precisamente o papel do médium intuitivo.
Médiuns semimecânicos
No médium puramente mecânico, o movimento da mão independe da vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semimecânico participa de ambos esses gêneros. Sente que à sua mão é dada uma impulsão , malgrado seu, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam. No primeiro, o pensamento vem depois do ato da escrita; no segundo, precede-o; no terceiro, acompanha-o. Estes últimos médiuns são os mais numerosos.
Médiuns inspirados
Todo aquele que, tanto no estado normal quanto no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas ideias preconcebidas pode ser incluído na categoria dos médiuns inspirados.
Estes, como se vê, formam uma variedade da mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma força oculta é aí muito menos sensível, por isso que ao inspirado ainda é mais difícil distinguir o pensamento próprio do que lhe é sugerido.
A espontaneidade é o que sobretudo caracteriza o pensamento deste último gênero. A inspiração vem dos Espíritos que nos influenciam para o bem ou para o mal, porém procede, principalmente, dos que querem o nosso bem e cujos conselhos muito amiúde cometemos o erro de não seguir.
Ela se aplica em todas as circunstâncias da vida para todas as resoluções que devemos tomar. Sob esse aspecto, pode-se dizer que todos são médiuns, visto que não há quem não tenha seus Espíritos protetores e familiares a se esforçarem para sugerir aos protegidos ideias salutares. Se todos estivessem bem compenetrados desta verdade, ninguém deixaria de recorrer com frequência à inspiração do seu anjo de guarda nos momentos em que não sabe o que dizer ou fazer.
Que cada um o invoque com fervor e confiança em caso de necessidade, e muito frequentemente irá se admirar das ideias que lhe surgem como por encanto, quer se trate de uma resolução a tomar, quer de alguma coisa a compor. Se nenhuma ideia surge, é que é preciso esperar.
A prova de que a ideia que sobrevém é estranha à pessoa de quem se trate está em que, se tal ideia lhe existira na mente, essa pessoa seria senhora de, a qualquer momento, utilizá-la e não haveria razão para que ela não se manifestasse à vontade.
Quem não é cego nada mais precisa fazer do que abrir os olhos para ver quando quiser. Do mesmo modo, aquele que possui ideias próprias sempre as tem à disposição. Se elas não lhe vêm quando quer, é que está obrigado a buscá-las em outro lugar, que não no seu íntimo.
Veja também: Sintomas de mediunidade
Tipos de médiuns inspiradores
Também se podem incluir nesta categoria as pessoas que, sem serem dotadas de inteligência fora do comum e sem saírem do estado normal, têm relâmpagos de uma lucidez intelectual que lhes dá momentaneamente desabitual facilidade de concepção e de elocução e, em certos casos, o pressentimento de coisas futuras. Nesses momentos, que com acerto se chamam de inspiração, as ideias abundam sob um impulso involuntário e quase febril. Parece que uma inteligência superior nos vem ajudar e que o nosso espírito se desembaraçou de um fardo.
Os homens de gênio, de todas as espécies, artistas, sábios, literatos, são, sem dúvida, Espíritos adiantados capazes de compreender por si mesmos e de conceber grandes coisas. Ora, precisamente porque os julgam capazes, é que os Espíritos, quando querem executar certos trabalhos, lhes sugerem as ideias necessárias e, assim, é que eles são médiuns sem o saberem. Têm, no entanto, a vaga intuição de uma assistência estranha, visto que todo aquele que apela para a inspiração, mais não faz do que uma evocação. Se não esperasse ser atendido, por que exclamaria tão frequentemente: meu bom gênio, vem em meu auxílio?
Médiuns de pressentimentos
O pressentimento é uma intuição vaga das coisas futuras. Algumas pessoas têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida. Pode ser devido a uma espécie de dupla vista que lhes permite entrever as consequências das coisas atuais e a filiação dos acontecimentos. Mas, muitas vezes, também é resultado de comunicações ocultas e, sobretudo, neste caso, é que se pode dar aos que dela são dotados o nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma variedade dos médiuns inspirados.
Médiuns psicógrafos
Os médiuns psicógrafos transmitem as comunicações dos espíritos através da escrita. São subdivididos em mecânicos, semimecânicos e intuitivos.
Os mecânicos não têm consciência do que escrevem e a influência do pensamento do médium na comunicação é quase nenhuma. Como há um grande domínio da entidade sobre a faculdade mediúnica, a ideia do espírito comunicante se expressa com maior clareza. Há casos em que o médium psicografa mensagens complexas conversando com outras pessoas, totalmente distraído do que escreve.
Já nos semimecânicos, a influência da entidade comunicante sobre as faculdades mediúnicas não é tão intensa, pois a comunicação sofre uma influência do pensamento do médium. Isso ocorre com a maioria dos médiuns psicógrafos.
Com relação aos intuitivos, estes recebem a ideia do espírito comunicante e a interpretam, desenvolvendo-a com os recursos de suas próprias possibilidades morais e intelectuais.
Médium espírita
O espiritismo é a doutrina que mais se dedicou ao entendimento do processo da mediunidade e, por isso, o espírita é o seguidor espiritual que figura entre os com mais capacidades de demonstrar habilidades a serviço do bem pessoal e coletivo.
Contudo, você não precisa ser médium para desenvolver sua mediunidade, mas precisa de um sistema sério, coeso e adequado para que os potenciais da sua alma se desenvolvam equilibradamente. Na minha sincera opinião, só existem dois tipos de mediunidade:
- Quanto ao nível do despertar: desperta e não desperta, ou seja, consciente ou não.
- Quanto a intenção: para o seu bem pessoal e sua evolução, para o bem de todos e para o mal.
Como desenvolver sua mediunidade
Existem várias formas de desenvolver a sua mediunidade, e o melhor, você pode fazer isso em casa. Afinal, nós entendemos e defendemos que a capacidade de autoconhecimento na sua espiritualidade pode partir de conceitos universalistas, ou seja, livre de religiões e/ou dogmas.
Com isso, na busca por essa jornada de desenvolvimento pessoal e espiritual de forma independente nasceu o Portal Iniciados. O único Portal online que proporciona, desde 2015, o acesso aos mais variados cursos sobre a temática, além de reunir uma comunidade com mais 4 mil alunos.
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